Como será a Liderança no Futuro?


Idéias baseadas em estruturas herméticas são bastante discutidas nas ciências atuais. Muitas pesquisas são baseadas na visão parcial do todo como a representação do mesmo e na sinergia do funcionamento complexo dos organismos; sejam células órgãos, indivíduos, famílias, comunidades, países, empresas, organizações e o próprio Universo. Todos nós fazemos parte de organismos e organizações, inferiores ou superiores, estamos em constante movimento e interligados. Para que haja evolução e permanência dessas estruturas físicas, mentais, metafísicas, relacionais ou emocionais é preciso adaptação sistêmica e interação harmônica entre as partes e o todo. O conhecimento e as descobertas científicas trouxeram a decodificação, conceituação e classificação das Relações Humanas. Foram estudadas a memória, as dimensões da consciência, desejos e impulsos, a psicofisiologia, o aprendizado, as formas de condicionamento, interações sociais e etc. O desenvolvimento tecnológico e cientifico, em suas pesquisas, faz com que o homem mergulhe cada vez mais dentro de si e encontre fractais complexos iguais aos seus em outros seres vivos e na dimensão espacial que o cerca. O que gera maior controle do meio em que vive. Ao mesmo tempo precisamos aprender a lidar com as nossas diferenças e a rica diversidade de ações que regem nossas relações sociais, sentimentos e pensamentos. Comprovadamente torna-se impossível uma vida isolada, sem integração e sem a cooperação de forças dos indivíduos envolvidos neste processo. É preciso associar-se para sobreviver. A globalização reforça tal apelo. Assim como, a Natureza continuará impondo desafios para que possamos aumentar a qualidade de vida da humanidade. E, hoje sabemos que o descuido com o planeta é o descuido com todos os seres viventes. Perante tantas informações e atitudes plurais, cabe à nos desenvolvermos a consciência coletiva através da cooperação, inovação e superação. Os aspectos citados são percebidos pelos líderes atuais e serão cada vez mais exigidos de seus sucessores. Destes não será cobrado apenas o conhecimento científico, como também será primordial o desenvolvimento pessoal_ autodomínio, auto-conhecimento, inteligência emocional, interpessoal, intrapessoal e relacional. Organização, planejamento, treinamento, disciplina e conhecimento técnico são fundamentais, porém não será o diploma e o academicismo que definirá as competências dos nossos futuros líderes. Será preciso saber colocar-se no lugar do outro, compreender as necessidades individuais e do grupo, ser empático, congruente e autentico, além de ter sensibilidade e saber ouvir as diretrizes da intuição. Há diversas formas de lideranças capazes de conduzir a humanidade para a sua evolução ou para o seu retrocesso. Nossos antepassados foram guiados por modelos, reais ou fictícios, que resultaram no comportamento social da atualidade. Por isso, pensando no futuro, precisamos de gestores como modelos éticos e com graus de consciência refinados. Líderes visionários que possam reconhecer os momentos de crise como grandes oportunidades de aprendizado e crescimento para que encontrem soluções e resultados através do comprometimento de todos. E, principalmente, que demonstrem disponibilidade para quebrar paradigmas com coragem, ousadia e tomada de decisão eficiente e eficaz. O verdadeiro líder trás consigo força e magia para encantar mentes e corações. É necessário saber democratizar o processo de escolha levando em consideração a multiplicidade de fatores interelacionados a isso como crenças e valores, entre outros. Nossos futuros líderes, assim como já devem fazê-lo os atuais, têm a responsabilidade de fazer com que seus seguidores sintam-se representados e importantes no processo de realização dos interesses coletivos, colaborando e interagindo de forma confiante, atuante e participativa.

Psicóloga Cristina Mollica